

Não que seja uma competição!!!!
Nem uma disputa desenfreada pelo 1º lugar...
O tema do concurso é “O lugar onde vivo” e escrever sobre isso requer leituras,
pesquisas e estudos, que incitam um novo olhar acerca da realidade e abrem
perspectivas de transformação. Para que os alunos dos vários cantos do Brasil produzam
textos de qualidade é fundamental a participação e o envolvimento dos
professores, contando com o apoio da direção da escola, dos pais e da comunidade.
Nesta 2ª - edição, os alunos concorrerão em quatro categorias, cada uma delas
envolve dois anos escolares:
• Poema – 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental.
• Memórias literárias – 7º- e 8º- anos do Ensino Fundamental.
• Crônica – 9º- ano do Ensino Fundamental e 1º- ano do Ensino Médio.
• Artigo de opinião – 2º- e 3º- anos do Ensino Médio.
(CADERNO DO PROFESSOR)
"Aprender a ler lendo todos os tipos de texto
Trata-se de incentivar a leitura de todos os tipos de texto. Do ponto
de vista social, o domínio da leitura é indispensável para democratizar
o acesso ao saber e à cultura letrada. Do ponto de vista psicológico,
a apropriação de estratégias de leitura diversificadas é um passo
enorme para a autonomia do aluno. Essa autonomia é importante
para vários tipos de desenvolvimento, como o cognitivo, que permite
estudar e aprender sozinho; o afetivo, pois a leitura está ligada também
ao sistema emocional do leitor; finalmente, permite desenvolver
a capacidade verbal, melhorando o conhecimento da língua e do
vocabulário e possibilitando observar como os textos se adaptam às
situações de comunicação, como eles se organizam e quais as formas
de expressão que os caracterizam." (CADERNO DO PROFESSOR)
É com esta fundametação que venho reforçar o termo que usei inicialmente, estamos sim diante de uma corrida, a que nos direciona para a conquista da leitura e escrita dos nosso alunos. Introduzir os gêneros: Poema – 5º- e 6º- anos do Ensino Fundamental e Memórias literárias – 7º- e 8º- anos do Ensino Fundamental não foi tarefa tão dificil, pois de certa forma já fazem parate do universo deles. E o "Convite" de José Paulo Paes foi de grande valia.
Convite
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
José Paulo Paes. Poemas para brincar.
2ª- ed. São Paulo: Ática, 1991.
Mas introduzir a Crônica – 9º- ano do Ensino Fundamental, pois estou estreando na Olímpiada este gênero, a principio achei que seria devastador, no entanto usei armamento pesado: Não as drogas (Luis Fernando Veríssimo)
Quero que vc preste muita atenção....não quero ver vc nessa situação... Experiências com as drogas Depoimento emocionado de Luiz Fernando Veríssimo sobre sua experiência com as Drogas. Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de " experimenta, depois quando você quiser é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", da terra, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e em seguida um do Leandro e Leonardo. Achei legal, uma coisa bem brasileira; Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de "amigo" e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... Banda Eva, Cheiro de Amor, Netinho, etc. Com o tempo, meu amigo foi me oferecendo coisas piores: o Tchan, Companhia do Pagode e muito mais. Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer os quadris como eu nunca havia mexido antes. Então, meu amigo me deu o que eu queria, um CD do Harmonia do Samba. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, razão do meu existir. Pensava só nessa parte do corpo, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais...Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show e ao encontro dos grupos Karametade e Só Pra Contrariar, e até comprei a Caras que tinha o Rodriguinho na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro. Meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma música que não dizia nada, eu e mais outros 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a Coletânea As melhores do Molejo". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, quando comecei a escutar popozudas, bondes, tigres, MC Serginho, Lacraias, motinhas e tapinhas. Comecei a ter delírio e a dizer coisas sem sentido. Quando saía à noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas que queriam me mostrar o caminho das pedras... Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: Ki-Kokolexo. Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de MPB, Bossa-Nova, Rock Progressivo e Blues. Mas o médico falou que eu talvez tenha de recorrer ao Jazz, e até mesmo a Mozarth e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante. Vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: * Não ligue a TV no domingo à tarde; * Não escute nada qu e venha de Goiânia ou do interior de São Paulo; * Não entre em carros com adesivos "Fui....."; * Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe ou ao Sábado do Gugu; * Mulheres gritando histericamente são outro indício; * Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; * Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados; * Não compre nenhum CD em que a capa tenha nuvens ao fundo; * Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no Brasil, e * Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela!!!! Eu sei que você consegue!!! Diga não às drogas!! Luis Fernando Verissimo
Com esta Crônica consegui num só tiro acertar a simplicidade, a curiosidade, o humor e a vontade de descobrir este novo universo...
O que é crônica?
Antes de começar... vamos conhecer alguns segredos de uma
boa crônica!
Um dos prazeres da vida é abrir o jornal num domingo preguiçoso,
pular as seções de política e economia e ler, sem compromisso,
uma crônica, que pode nos emocionar, fazer rir, pensar... e às vezes
até as pazes com certos desastres da vida.
Mas o que é uma crônica?
Um ensaio?
Um tipo de conto?
Seria literatura?
Ou apenas jornalismo com toque de poesia?
Difícil definir?
RESPONDA VOCÊ TAMBÉM......
O que me ocorre nestas últimas linhas...Venha você também escrever um futuro diferente!!!!!!